Bougainville, a viagem ao Taiti

O conde Louis-Antoine de Bougainville (1729-1811) é hoje mais conhecido pelos jardineiros por ter dado seu nome à buganvília, uma planta exótica com delicadas flores lilases. Poucas pessoas sabem que, no Iluminismo, ele foi o primeiro francês a navegar oficial e cientificamente ao redor do mundo. Em 1766, encomendado pelos ministros de Luís XV, o navegador deixou Brest a bordo da fragata La Boudeuse, acompanhada no trajeto pela flauta L'Étoile. Sua tarefa? Viaje pelos mares do sul para explorar novos territórios e ganhar uma posição no hemisfério sul. Acompanhado por cientistas, notadamente o astrônomo Pierre-Antoine Véron e o botânico Philibert Commerson, Bougainville desembarcou em abril de 1768 no Taiti, que batizou de "Ilha de Nova Kythera" e da qual tomou posse em nome da França. Dos nove dias que passou em terra com sua tripulação, o explorador se lembra da imagem de um oásis florescente e da promessa de uma vida despreocupada sob as palmeiras. O diário de viagem que publicou dois anos após seu retorno, em 1771, foi um grande sucesso. Ao ajudar a estabelecer o mito do "bom selvagem", que leva uma existência paradisíaca nesta pequena ilha do Pacífico, Bougainville vai inspirar pensadores e filósofos. Menos de duas décadas antes da Revolução Francesa, muitos, graças a ele, se perguntarão sobre liberdade, igualdade e fraternidade.

Curiosidade insaciável
Do Museu de História Natural de Paris, onde estão guardados os preciosos herbários trazidos de sua expedição, aos testemunhos de taitianos, descendentes da tribo do chefe Ereti, com quem Bougainville se confraternizou, este documentário alimentado por percepções de especialistas (biógrafo, historiador …) Retrata de forma cativante a etapa taitiana de sua longa jornada. Também homenageia um explorador com curiosidade insaciável e convicções humanistas.

Realização :

Philipp Grieß

Mathieu Honoré

País :

Alemanha

Ano :

2019